Sexta-Feira , 15 Julho - 18 horas
Desta vez o percurso foi inverso, o carro ficou e Alfarim e o resto do caminho foi feito a pé (o caos no transito era tanto que os veiculos nem andavam), sendo que as centenas que alinharam pela mesma ideia, alem de fazerem um trajecto mais saudavél, chegaram mais cedo.
Posto isto não foi possivel, com muita pena minha, ver o concerto do português Noiserv que abriu o palco principal num dia que iria ser claramente marcado pelo ultimo concerto, que irei descrever adiante........e pela falta de fotos que descrevam o dia (as minhas desculpas).
LA
A banda Maiorquina foi a responsavel pela abertura do palco EDP neste dia e isso foi certamente do agrado do grande contingente de espanhois que invadiram este ano o SBSR e fizeram questão de encher as primeiras filas para ver o concerto.
O quinteto lá foi desfilando as suas musicas (o Musica Escrita apenas viu quatro) e no global apenas serviu para adicionar o seu nome aos concertos por aqui revistos.
Rodrigo Leão
Concerto morno de um projecto claramente mais talhado para recintos fechados, mas no qual tenho de destacar uma faixa composta para fazer parte de um anuncio a pensar em todos os que sofrem de Esclerose Multipla, a demonstrar que a musica continua a ser um veiculo muito importante no apoio a causas nobres.
The Gift
Uma setlist voltada para o novo album "Explode", passando pelas faixas mais alegres dos discos antigos é meio caminho andado para se ter sucesso num festival e os The Gift acertaram em cheio na sua.
A interacção com o publico, a cargo de Sonia Tavares, uma comunicadora por excelencia aliada à receptividade do mesmo fez com que este fosse, na minha opinião o primeiro momento alto do dia.
The Legendary Tigerman
Dividido em duas partes distintas, o concerto de Paulo Furtado aka The Legendary Tigerman foi aquele que mais pessoas levou ao palco EDP até a este momento durante os dois dias.
Desta vez no formato original (one man band), a primeira metade fluiu num ritmo blues/rock com passagem por todos os albuns do musico até terminar com "The Saddest Thing To Say".
A partir deste momento, a musica seria só para quem "gostasse de rock n´roll" e foi explosiva, tendo sido levantadas (a pedido de Paulo Furtado) "as duas maiores nuvens de pó do festival".
Pena o facto do artista ter sido colocado num horario muito perto dos Portishead, o que levou a uma grande debandada para garantir o melhor lugar para ver os britanicos.
No entanto, ficou registado mais um excelente gig do "homem tigre".
Portishead
Uma multidão de olhos fixos no palco, quiçá hipnotizada pela voz de Beth Gibbons ou pelo excelente trabalho de vjing da equipa que os acompanha, foi o ponto de partida para um dos concertos mais esperados da edição 2011 do festival do Meco.
Apesar de manter a opinião de que os Portishead são uma banda talhada para concertos mais intimistas, tenho de concordar que este foi um concerto muito competente e que irá perdorar na memoria de todos aqueles que se deslocaram à herdade do cabeço da flauta neste dia.
Sempre distante e muito concentrada naquilo que melhor sabe fazer, Beth soltou todas as emoções na parte final do gig, quando passeou no meio da multidão e se despediu com palavras de gratidão e admiração pelo publico nacional, que será certamente um dos que mais carinho dá há banda nas suas actuações.
Arcade Fire
Depois de terem ficado a "dever" um espectaculo ao publico Português, a banda canadiana entrou em palco "Ready To Start" uma actuação épica.
Sentindo-se como se "estivessem a tocar pela primeira vez", tal a devoção dos fans ás suas canções , os Arcade Fire foram desfilando temas dos três albuns editados até à data sempre em comunhão com os presentes, que esgotaram completamente a lotação do recinto.
"No Cars Go", "Power Out" "Keep The Car Running" ou "The Suburbs" foram lenha para a fogueira de um publico em chamas até ao final, feito ao som de "Rebellion/Lies".
A banda despediu-se então com o maior elogio que se pode fazer a quem assiste a um espectaculo "Vocês são um exemplo para todos os publicos do mundo" e saiu de palco, enquanto os mais de 40.000 presentes (a organização não confirmou, mas o Musica Escrita pode garantir que estavam lá esses numeros) ansiavam já o encore do concerto, que incluiu a inevitável "Wake Up" e irá figurar certamente nas listas de concerto do ano em Portugal, arriscando eu a dizer que foi um dos gigs do ano em qualquer parte do mundo, tal a intensidade e partilha mutua de sentimento entre banda e publico (do local onde estava notou-se alguns problemas de acustica, mas nada que prejudicasse o andamento do espectaculo).
Chromeo
A tarefa da dupla canadiana/estado-unidense era encerrar o palco EDP após o concerto dos Arcade Fire e a verdade é que quando cheguei ao local vislumbrei a continuação de um dia de festa musical.
Publico divertido, a dançar e com muito bom ambiente é o melhor que se pode escrever para elogiar o trabalho de Patrick Gemayel aka P-Thugg e David Macklovitch aka Dave 1.
Sven Vath
O alemão Sven Vath, nome grande da musica electrónica teve honras de encerramento na tenda @ Meco, levando os resistentes a dançar ao som das batidas house/tech/minimal até ás seis horas da manhã.
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