domingo, 17 de julho de 2011

Fim de Festa no Meco ( cronica 3º dia )

Sabado 16 Julho-17h30

Ultimo dia de festival e tambem novo trajecto, que incluiu um "corta-mato" até à Lagoa de Albufeira e daí mais uma caminhada até ao local do evento.
Hoje o transito parecia fluir melhor (talvez fruto da experiencia dos dias anteriores) e a entrada no recinto dos concertos foi sem problemas (aqui a organização esteve de parabens porque nunca senti problemas no acesso).

X-Wife
A banda do Porto foi a escolhida para abrir o palco principal no derradeiro dia do SBSR e esteve à altura, protagonizando um excelente gig e colocando desde logo o publico do seu lado, tendo passado por todos os cd´s que lançou até agora, incluindo o novissimo "Infectious Affectional".
Se em estudio mantenho a opinião que estamos perante uma das melhores bandas nacionais, ao vivo funciona exactamente da mesma forma, faltando apenas uma afirmação consentanea alem-fronteiras, pois o potencial está lá e é bem patente.

Brandon Flowers
O vocalista dos The Killers regressou a Portugal,agora para um concerto em nome próprio onde apresentou "Flamingo", album de 2010.
"Crossfire", "Magdalena" ou "Only The Young" foram alguns dos temas desse disco que tiveram direito a figurar na setlist, mas o publico português foi ainda brindado com uma cover de "Bette Davis Eyes" (Kim Carnes) e faixas dos The Killers, como "Read My Mind" ou a musica que encerrou o concerto "Mr. Brightside", ambas com direito a roupagem diferente do original.
A interacção com o publico foi boa e não será descabido afirmar que Brandon Flowers ficou uma vez mais rendido ao nosso país.

Junip
A banda Sueca, liderada por José Gonzalez tocou no palco Edp perante um publico bastante bem composto e conhecedor da sua musica, quanto a mim mais indicada para ser vista num local com a Aula Magna, por exemplo, mas que não defraudou os presentes, tendo por base o album "Fields"(2010).


Elbow
Os Britanicos Elbow estiveram no palco principal a mostrar o seu rock progressivo e, nas cinco faixas que tive oportunidade de ver, foi notório que Guy Garvey é um excelente comunicador e mantem o publico animado enquanto a banda faz a transição entre faixas, muitas delas dificilmente reconhecidas pela maioria dos presentes.

Ian Brown
As minhas expectativas eram grandes para ver Ian Brown e, em abono da verdade, elas sairam bastante defraudadas. Bem longe dos tempos aureos nos Stone Roses, Ian começou a sua primeira actuação no nosso país com  alguns problemas de ordem tecnica e quase nunca conseguiu atingir um nivel satisfatório, apesar do esforço da sua banda, tambem ela sem grandes rasgos.

Slash
Uma das grandes apostas da organização deste festival, o guitarrista Slash apresentou-se no Meco acompanhado por Miles Kennedy (Alter Bridge) para uma actuação da qual o Musica Escrita apenas presenciou as duas primeiras musicas, pelo que não irei tecer qualquer opinião sobre o mesmo.

The Vaccines
Ultima banda a actuar no palco EDP do festival SBSR, os The Vaccines começaram o gig de forma algo morna apesar de estarem a tocar para um recinto que se apresentava muito bem composto, se levarmos em linha de conta que Slash tocava à mesma hora no palco principal e tambem já havia muita gente a marcar lugar para ver The Strokes, mas após tocarem as faixas "Post Break Up Sex" e "Wreckin Bar", segunda e terceira no alinhamento preparado para este evento, soltaram-se e fizeram um autento "arraial" festivaleiro até ao fim do concerto.
Muitos dos que estavam a assistir sairam após essas faixas e perderam aquele que foi, na minha opinião , um dos melhores espectaculos do SBSR.

The Strokes
Cabeças de cartaz do ultimo dia do SBSR, os norte-americanos The Strokes voltaram finalmente a Portugal após cinco anos de ausencia (Julian Casablancas esteve na edição deste festival em 2010 para um concerto a solo) e no final posso afirmar com convicção que a espera valeu bem a pena.
O alinhamento, que agarrou o publico (neste dia era praticamente todo para assistir ao regresso da banda) do inicio ao fim, teve passagens por temas como "Reptilia", "Last Nite", "Someday" ou o mais recente single "Undercover The Darkness", faixa presente no ultimo trabalho, "Angles".
Talvez por estar a ser um concerto tão electrizante, surpreendeu o facto da banda apenas ter actuado durante setenta minutos, manifestamente escasso para quem estava a encerrar um festival com a qualidade do SBSR 2011.
No entanto, e como me disse um fan da banda, "foi melhor assim porque já tinham tocado tudo o que havia para tocar".
Na minha opinião, foi fechar com chave de ouro três dias onde esteve presente o sol e o rock n´roll tão apregoados pela organização.

Ricardo Villalobos
Na tenda @ Meco, a festa continuou ao ritmo das batidas minimalistas de Ricardo Villalobos, como que a servir de banda sonora para um filme onde se podia ver muita gente a divertir-se dançando, a conversar espalhada pelo chão do recinto ou até de tenda ás costas para regressar a casa.

Para terminar e fazendo uma retrospectiva do festival saliento como pontos positivos a excelente escolha dos cabeças-de-cartaz e o facto de se ter tentado fazer um cartaz coerente ( creio que não foi totalmente conseguido, mas fica a intenção ).
Sinal menos para o pó (inconcebivel), para as filas de transito (porque não fechar as estradas em Alfarim e Rotunda do grilo, obrigando toda a gente a fazer o resto do percurso em transportes publicos assegurados pela organização), e as condições de higiene tambem estão muito aquem do que o publico merecia.
Uma ideia mais para a próxima edição ...... mais duas ou três bandas por dia no palco EDP.

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