domingo, 17 de julho de 2011

Três dias de Meco, Sol, Pó, Filas e Rock n´Roll ( Cronica SBSR 2011 - 1º dia )

Quinta-Feira, 14 Julho 17 horas

Começou na Rotunda do Grilo (Fernão Ferro) a odisseia do Musica Escrita na 17ª edição do festival Super Bock Super Rock.
Uma fila de carros interminavel da estrada que liga aquela rotunda ao recinto do evento fez com que terminasse logo ali a boleia gentilmente disponibilizada e seguisse o meu caminho a pé, opção comentada por um dos policias de transito da seguinte forma "Ainda bem que tomou essa opção, acho que vai chegar lá primeiro assim".
Sessenta minutos depois e realmente primeiro do que o veiculo que estava parado no momento em que saí, finalmente atingi a entrada do evento, que áquela hora ainda não apresentava uma moldura humana muito intensa, pelo que foi possivel entrar sem grandes demoras.
Já dentro do recinto, as primeiras constatações foram que o pó de 2010 se iria manter este ano e que estavam mais festivaleiros internacionais que na edição transata ( era possivel ver muitos espanhois, ingleses e alguns australianos ).

Sean Riley And The Slowriders
A banda de Coimbra teve a honra de abrir a 17ª edição do Festival SBSR e entrou em palco precisamente à hora marcada. O publico presente já era bastante aceitavel e aderiu desde o primeiro tema debitado pelas colunas do palco principal.
Bom comunicador , Afonso (vocalista) anunciou aquilo que seriam "três dias de festa interrupta", após beber mais um trago de cerveja da marca que patrocina o evento.
Apesar de um ou outro contratempo ( a luz foi abaixo por duas vezes ), a boa disposição foi nota dominante e o concerto foi fluindo ao agrado de publico e grupo, que tocou faixas de todos os albuns editados até agora, com destaque para o novo single "Silver", extraído do novo disco "It´s Been A Long Night".
Um convinte para "uma partida de dominó na nossa autocaravana que estará estacionada ali no parque" demonstra bem a comunhão entre musicos e assistencia.

The Glockenwise
Infelizmente muito poucas linhas para um concerto que ficava muito perto dos The Walkmen, uma das bandas que mais expectativas gerava neste primeiro dia de SBSR.
O colectivo de Barcelos iniciou o seu set a todo o gaz, baseado no seu trabalho de originais "Building Waves" (editado no inicio do ano) e durante o tempo que estive presente fiquei com muito boa impressão, restando esperar uma próxima oportunidade para observar "in loco" esta banda que demonstrou muita coesão e uma interacção com o publico assinalável, parecendo que estava a tocar "em casa".


The Walkmen
De fato e gravata, aspecto "clean" e muito bem disposto, Hamilton Leithauser
 iniciou um concerto marcado principalmente por faixas do ultimo "Lisbon" , na minha opinião o disco mais inspirado da banda norte-americana, o que se antendermos à qualidade já de si elevada dos discos anteriores tem ainda mais relevo.
"Juveniles", "Angela Surf City" ou "Blue As Your Blood" foram entoadas em unissono por um publico que já adoptou os The Walkmen como "cidadãos honorarios" do nosso país.
De realçar ainda a presença no alinhamento de uma nova faixa, composta apenas alguns dias antes da presença da banda no nosso país e a inevitável "The Rat".
O primeiro dia de festival estava a arrancar em grande.....

Tame Impala
Os Australianos Tame Impala era dos projectos que mais curiosidade me suscitava no cartaz deste ano do SBSR, em grande parte derivado ao excelente "Innerspeaker", album editado em 2010 e que anda desde então na estante exactamente ao lado da aparelhagem.
Concerto bastante solido e psicadélico quanto baste, que foi agarrando o publico desde o inicio em "Solitude is Bliss" até ao final em "Half Full Glass of Wine".


The Kooks
Com o recinto muito bem composto (a edição deste ano atingiu numeros muito superiores à do ano transato) os The Kooks deram um concerto bastante competente e colocaram literalmente os presentes a dançar.
Temas como "Naive" ou "Do You Wanna" foram muito bem recebidos pela turba presente. Depois de ter visto a banda no Optimus Alive 2009, fiquei claramente com a sensação que este foi mais conseguido.


El Guincho
O Catalão Pablo Díaz-Reixa, mais conhecido no mundo da musica por El Guincho proporcionou aos presentes no palco EDP uma das melhores actuações deste SBSR.
Muita festa e boa disposição em mais uma apresentação de "Pop Negro", o ultimo disco editado por El Guincho, que levou os festivaleiros ao rubro com "Bombay" ou o electrizante final onde tocou "Antillas", do album Alegranza (2008) primeiro do musico.

Beirut
Outro caso de grande cumplicidade com o nosso país é o musico Zachary Francis Condon aka Beirut que deu um concerto sem macula e bastante apreciado pelo publico, que por esta altura já enchia completamente todos os espaços disponiveis junto ao palco principal.

Arctic Monkeys
Cabeças de cartaz deste primeiro dia de festival, os britanicos Arctic Monkeys fecharam o dia com uma actuação de teve passagens por todos os albuns editados pela banda até ao momento.
Algo distante do fulgor juvenil dos primeiros anos, o grupo de Sheffield é agora um quarteto mais adulto pessoal e musicalmente, como demonstram os albuns mais recentes.
Por muito boa musica que os Monkeys possam continuar a fazer, é indesmentivel que temas como "I Bet You Look Good On The Dancefloor" ou "When The Sun Goes Down" continuam a ser cartões de visita e as passagens por temas de "Whatever People Say ...." ou "Favourite Worst Nightmare" as mais aplaudidas.
O encore fez-se ao som de "Fluorescent Adolescent" e a derradeira "505", que deixou nos presentes a sensação de dever cumprido mas no meu caso algumas saudades do concerto que a banda realizou no Coliseu dos Recreios em 2007.

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