sexta-feira, 29 de julho de 2011

Twin Shadow em Lisboa

George Lewis Jr., que estará presente no festival Paredes de Coura com o seu alter-ego Twin Shadow, regressa a Portugal, mais precisamente a Lisboa a 1 Setembro para actuar no Clube Ferroviário.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Crooked Fingers " Breaks In The Armor "

Novo album para o projecto a solo de Eric Bachmann (Archers of Loaf), estará disponivel a 11 Outubro através da Merge Records e aqui fica o alinhamento:

01 Typhoon
02 Bad Blood
03 The Hatchet
04 The Counterfeiter
05 Heavy Hours
06 Black Candles
07 Went to the City
08 Your Apocalypse
09 War Horses
10 She Toes the Line
11 Our New Favorite




quarta-feira, 27 de julho de 2011

Festival Milhões de Festa 2011 em resumo ( cronica de João Pedro Cordeiro )

Barcelos voltou a receber uma edição do Milhões de Festa, num evento que envolveu mais de 70 projectos musicais e colocou, ainda mais, o festival na rota dos grandes eventos do género, ao trazer a Portugal bandas como os Graveyard, Radio Moscow, Liars, Electrelane ou os muito badalados actualmente Washed Out e MillionYoung.
Mais do que somente um festival de Verão, o MF apresenta um ecletismo e uma diversidade de eventos pouco comum e sem grande comparação em Portugal. Como tal e, de certa maneira, infelizmente, há muitas escolhas que têm de ser tomadas e alguns eventos / concertos acabam por ser perdidos. Tal aconteceu com os eventos Videoteca e Lula Gigante, bem como grande parte dos concertos do palco Lovers & Lollypops que se sobrepunham à muito apetecível piscina.

DIA 22 trazia a Portugal os Liars, aquela banda que, em tempos, nos trocou para uma digressão com os Radiohead. Compreensível, portanto. Mas era também o dia dos suecos Graveyard, com um dos melhores discos do ano, pisar o palco barcelense.
Com início às 14 horas na piscina, coube aos Hill a honra de abrir o festival. Mas como há assuntos a ser tratados antes de se conseguir começar a "festivalar" - mais Sic Radical que isto, era impossível - não foi possivel assistir a este concerto e, por isso, a estreia deu-se com os filhos da terra, Glockenwise. Os barcelenses, desta vez desviados do palco principal do Milhões, onde actuaram no ano passado, para a piscina - afinal, fora ali ao lado que havia sido gravado o vídeo para "Bardamu Girls", single de Building Waves, álbum de estreia da banda -, presentearam os "piscineiros" com o seu habitual garage rock energético, rock sem merdas, como se diz por terras de galos, concerto ao qual nem as cordas da guitarra do vocalista da banda resistiram.
Pelo palco Vice, passavam pouco depois os Riding Pânico. A banda lisboeta trouxe a sua instrumentalização em ponto morto, num concerto que nunca carburou ao nível do que se viu o ano passado, por volta daquela mesma hora, naquele mesmo palco. Um concerto algo sem chama, com o habitual ponto alto em "E se a bela for o monstro".
O mal deste tipo de festivais, com muitos palcos e concertos a começar cedo e muitos seguidos, é arranjar espaço para comer algo e tirar o cloro da piscina que faz alergias a quem for disso. Isto é dizer que após Riding Pânico se seguiu um banho revigorante e um jantar ao bom estilo "camper". Isto significa que os concertos de Motornoise, Shit & Shine, Born a Lion e Aethenor, acabaram por ser perdidos.
Regressou-se a tempo de, supostamente, Gama Bomb. Contudo, uma alteração no alinhamento, fez com que os Zun Zun Egui trocassem de ordem com os Gama Bomb. O tropicalismo dos ingleses não foi especialmente excitante, roçando mesmo o maçador tal era a similaridade entre temas, apesar do assinalável esforço da banda em tentar envolver ao máximo aqueles que se deparavam em sua frente. No palco Vice seguiam-se os Gama Bomb que, por alguns minutos, transformaram as muralhas do baptizado "castelinho" numa saudável pista. Há algo de complicado em disfrutar de uma banda que parece que ela própria não se leva a sério. Isso é divertido durante uns 15/20 minutos, mas acaba por se tornar algo constrangedor após esse tempo, tal como constrangedor são os gritinhos do vocalista. Thrash Metal como já ninguém faz; uns Slayer bem mais temperados. Não da melhor forma, entenda-se.
De certa maneira, veio da Suécia parte da salvação do dia. Afinal, os autores de "Hisigen Blues", inquestionavelmente um dos melhores álbuns do ano, estavam ali à frente a escassos metros de uma plateia que nunca foi especialmente compacta. Como se prevê, foi com temas do recente álbum que a banda mais excitou o público. Temas como "Hisigen Blues", "Ain't Fit to Live Here", "The Siren" ou a fantástica "Uncomfortably Numb", sendo que nesta última vieram ao de cima algumas inconsistências vocais por parte do vocalista da banda.
Os If Lucy Fell, prometeram desde há umas semanas um regresso épico, com este concerto nos Milhões de Festa e não houve como ficar defraudado com o concertos dos Portugueses que foi, até, um dos melhores do festival inteiro. Makoto Yagyu já havia avisado, queria ir em cima das pessoas do palco Vice ao palco Milhões. Não chegou tão longe. Foi até à mesa de som. Intensíssimo do início ao fim, os If Lucy Fell prometeram e cumpriram. Trouxeram, finalmente, a palavra épico a Barcelos nesta edição de 2011 do Milhões de Festa.
A fechar o palco principal deste dia - e o dia de concertos para alguns, como eu -, estavam os aclamados Liars. Há uma relação de amor-ódio com esta banda. Se fritam demasiado, tornam-se algo insuportáveis, mas se tocam as músicas certas, estão lá no ponto. E o mesmo se passou no concerto. A espaços, tanto roçou o excelente, como roçou os limites da suportabilidade. Tendo tocado a fantástica "Scissor", todos ficaram felizes, por certo.

DIA 23 era um dia que, à partida, denotava uma grande inconsistência. Tanto haviam bandas extremamente interessantes, como havia outras que não excitavam minimamente. Um dia que abriu com o insuportável projecto "Traumático Desmame" visto à distância e a grande custo. Mas, da qualidade em níveis míseros ou não, seguiu-se um explosivo concerto do Vianenses Mr.Miyagi. A fama já não é de agora, os Mr.Miyagi são, sem qualquer dúvida, um dos melhores live act existentes no nosso país. E isto, sabe quem já os viu. Não seria, portanto, de prever algo menos que um concerto de contornos épicos, mais uma vez, prestado por uma banda nacional. E quão bizarro é ver mosh pits e circle pits à beira de uma piscina, dando toda uma nova dimensão aos conceitos de crowd surf ou stage dive. Acalmando as hostes e refrigerando a temperatura naturalmente, sem necessidade de mergulhos aquáticos, os Long Way to Alaska preencheram o furo deixado pelos MKRNI, tocando por isso mais cedo que o suposto. Nada cai melhor que uma viagem ao Midwest americano, paisagens naturais de bandas como Owen ou American Football. Os Long Way to Alaska remetem, imediatamente, para estas paisagens. Não é de estranhar, portanto, o quão bem cai isto sentado à beira da piscina ou somente deitado na relva. Poucas bandas se adequam tão bem, ou identificam tão bem, o espírito da piscina do Milhões de Festa como os Long Way to Alaska.
Inicialmente marcado para as 19, o concerto de Million Young acabou por ser adiado para as 21 em função do cancelamento de Kim Ki O (que haveriam de tocar no dia seguinte, na piscina). Mike Diaz veio directamente da flórida com o sol de Miami debaixo do braço e durante cerca de 45 minutos deu dream pop e electro pop fofinho a quem quis dançar, que resultou especialmente bem ao vivo. Ele e a beldade Cynthia, que dá nome à provável melhor musica do projecto.
Os Anti Pop Consortium trouxeram o seu hip hop alternativo a Barcelos, deixando toda a gente a saber de onde roubam os Odd Future. A banda de Beans não faz só rap, como tem inventivos momentos de DJ'ing, uma presença inesgotável em palco e uma clara noção de como dar um concertos apesar de claramente desafados de todo o cartaz. Afinal, eram a única banda de rap presente no alinhamento de mais de setenta bandas.
E o que se salva num concerto de uma banda com claras deficiências técnicas, vocalizações enjoativas e músicas a tender o entediante? Um baixista linda de morrer. Estas são as Vivian Girls, uma das bandas mais reputadas no cartaz do festival. Mas sejamos sinceros, a banda não merece esse estatuto e não fosse Katy Goodman - já disse que ela é linda? -, poucos interesses havia na banda.
Os italianos ZU trouxeram o seu jazzcore a Barcelos. Numa quase jam session de single take, os italianos deram uma nova definição a violência musical, deixando em delírio grande parte dos presentes, num autêntico festival do crowd surf.
Há algo de agridoce num concerto de Secret Chiefs. Se, por um lado, a estética visual da banda - para quem não sabe, membros encapuzados, todos vestidos de negro - é excitante, a parte musical é, porventura, demasiado medieval. Se, por uma lado, há uma presença em palco fantástica e uma clara ilustração do termo espectáculo - sem que sejam necessários grandes artificios -, há uma parte musical a remeter à cavalgada que nos deixam constrangidos por virmos de Punto e não de Frísio. O mais perto que conseguimos de viajar no tempo.
E como nada poderia ser mais esquisito que viajar à idade média, viajamos para a segunda guerra, para Bob Log, segundo episódio da saga do número 3. Ícone do one man band, Bob Log trouxe o seu capacete-de-piloto-da-segunda-guerra-agarrado-a-um-microfone a Barcelos, dando um espectáculo de slide guitar a-bluesada a que nem o Tom Waits fica indiferente. As músicas até podem ser praticamente iguais, as letras indecifráveis, mas há ali uma noção tão grande do que é saber dar um espectáculo, que torna um concerto de Bob Log profundamente memorável e inesquecível, ideal para fechar um dia de concertos.

Para o ÚLTIMO DIA do Milhões de Festa, estava guardado aquele que era, talvez, o mais excitante do cartaz. Pelo menos, aquele que se previa ocupar mais tempo a quem por lá andasse e obrigasse a dificeis escolhas entre eventos.
E tudo começava logo pelo início da tarde, com Kim Ki O e MKRNI a reporem os seus concertos cancelados anteriormente. Se as turcas Kim Ki O trouxeram os Joy Division até à beira da piscina, os MKRNI trouxeram a América do Sul, fazendo-nos sentir lamas dos Andes. Afinal, fazia um calor sensual. Quem estava na piscina sabe. Ainda na piscina, os Nazka foram uma das grandes surpresas do festival, trazendo uma brit-pop psicadélica ao bom estilo de uns Stone Roses ou uns Oasis, por mais estranho que isso possa parecer vindo de uma banda do Chile. O que é verdade, é que para além de Chilenos, foram um verdadeiro chill. Por fim, os Larkin deram aquele que foi, talvez, o melhor concerto naquele palco ao longo dos três dias, suplantando mesmo o concerto dos Mr.Miyagi. Hardcore experimental na onda de uns Refused, os Larkin trouxeram até violinos para junto da água, num concerto em que não faltaram trepadas a colunas e aulas de hidroginástica gratuitas.
O último dia foi também o dia para visitar, por fim, os outros dois palcos em falta no festival. O famigerado palco L&L e o denominado palco do metal, o palco SWR. No primeiro, para o concerto dos Equations, uma banda de post-hardcore progressivo - sim, apeteceu-me -, num onda bem famosa e fértil em Portugal, se nos lembrarmos de bandas como I Had Plans, Without Death Penalty, Adorno, etc. Pautado por um ou outro "prego", poderíamos caracterizar os Equations como o festival do pedal. Afinal, como o próprio guitarrista diz: "calma lá, que a bateria não tem efeitos", perante a vontade do baterista. Com participação vocal de Makoto Yagyu numa das músicas, a banda terminou ainda o set com uma cover de If Lucy Fell e o baterista de Lobster...na bateria. Mais tarde, subiram ao envolvente palco SWR os Löbo. Quem já viu saberá o quão desarmante é um concerto de Löbo ao vivo, tanto pela música como pela entrega e presença dos seus elementos em palco.
O produtor inglês Star Slinger, trouxe o funk e o r&b velhinho com novas roupagens mais electrónicas e deixou meio Barcelos a dançar de forma sensual. Isto, quem tinha par para dançar, que os solteirões como eu, ficaram sentadinhos no muro a ver os outros. E se ainda não estavam cansados de dançar, então Washed Out terá sido o passo seguinte, rumo ao final apoteótico com Radio Moscow, mas já lá vamos.
Washed Out era o cabeça de cartaz do último dia, e trazia o recentíssimo e aclamado Within and Without a Barcelos. Ernest Green, figura de proa do efémero chillwave, veio acompanhado de uma banda completa para trazer alguns dos melhores hits electrónicos do últimos tempos. De certa maneira, pairava ali um certo fantasma chamado Toro Y Moi, tendo em conta o quão similar era o contexto do concerto: figuras do chillwave, acompanhados por uma banda completa, cabeças de cartaz e um hype enorme na altura da actuação. Mas, se Chaz Bundick não correspondeu à altura, Ernest Green e a sua banda estiveram irrepreensíveis, fazendo um misto de Within and Without e Life of Leisure.
O cantar de galo - sintam a ironia - do festival, para os meus lados, claro, deu-se com Radio Moscow, banda mais que aguardada por grande parte do público e que deixou em delírio a massa humana que se densificou em frente do palco principal e deixou em crise a tropa de elite presente no festival. Os Radio Moscow deram um verdadeiro show de rock, ensinando a quem queria ver o que é rock sem pinga de azeite, com classe e sem mariquices. As músicas novas - que deixam antever músicas mais longas e mais instrumentais, isto é, com menos vocalizações - foram intercaladas com a excitante "Mistreating Queen" ou a fantástica "No Good Woman", que fechou o set e deixou tudo molhado, tal foi o orgasmo musical que saiu dali.

Ecos do festival, dizem ainda que os concertos de Lobster, Causa Sui, Karma to Burn, Green Machine e Throes + The Shine, estiveram entre os melhores do festival. Aliás, diz-se ainda que Throes + the Shine fora tão bom, que é uma aposta que tem de ir para a frente tal a originalidade da fusão do rock duro (rock + kuduro).

Barcelos recebeu uma missão de segurança completamente descontextualizada, com uma completa falta de noção do que estavam ali a fazer aqueles seguranças. Acaba por se tornar algo inconcebível que seja proibido à entrada sequer um pêssego ou uma sandes, quando dentro do recinto não há qualquer alternativa alimentar, muito menos para quem seja vegeteriano/vegano. Da mesma maneira que, com concertos a começarem às 18, seja proibido levar-se protector solar para o interior. Pequenas arestas que precisam ainda ser limadas, para que o Milhões de Festa se imponha definitivamente como um dos grandes festivais nacionais. Ah, e mantenha o mesmo feeling e não se venda.

Nota: Este texto foi escrito por João Pedro Cordeiro, que cedeu gentilmente a cronica ao Musica Escrita.
Aqui fica portanto o meu agradecimento.

The Antlers no Lux em Novembro

Os The Antlers passam pelo nosso país no próximo mês de Novembro para um concerto no Lux em Lisboa.
A banda de New York vem apresentar "Burst Apart" (2011) e os bilhetes para o espectaculo custam 18€.

terça-feira, 26 de julho de 2011

The Mission no Porto e em Lisboa

A banda de Leeds vem a Portugal nos próximos dias 14 e 15 Outubro para actuar no Hard Club - Porto (14) e Sala TMN ao Vivo - Lisboa (15) respectivamente.
Trata-se assim o regresso ao activo de um dos nomes mais conceituados do gothic/rock britanico e serve para comemorar os vinte e cinco anos de carreira do grupo.

Yellowcard em Portugal

Os norte-americanos Yellowcard estreiam-se em terras lusas no próximo dia 18 Dezembro para apresentar o setimo trabalho de originais, "When you're through thinking, Say Yes".
O local deste concerto é a sala TMN ao Vivo em Lisboa e os bilhetes estarão disponiveis a 29 Julho (sexta-feira) nos locais habituais.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Animal Collective @ CCB ( cronica )

Os norte-americanos Animal Collective estiveram esta noite no CCB para um concerto que gerava enorme expectativa entre aqueles que se deslocaram àquela sala de espectaculos da capital.

Coube aos Portuenses Aquaparque a honra de fazerem a primeira parte e o duo composto por Pedro Magina e André Abel entrou em palco passavam poucos minutos das 21h.
Com dois albuns editados, "É isso aí"(2009) e "Pintura Moderna"(2011), os Aquaparque iniciaram o concerto numa toada morna e com uma qualidade de som aquem da esperada para um local como o CCB.
Se a nivel ritmico a banda tem boas ideias que resultam nos discos de estudio, ao vivo não são tão entusiasmantes e apenas na parte final conseguiram colocar alguns pezinhos a bater/ cabeças a abanar com a pop/electronica que os caracteriza.
22h - O colectivo de Baltimore, composto por David Portner aka Avey Tare; Brian Weitz (Geologist); Josh Dibb (Deakin) e o nosso conhecido Noah Lennox aka Panda Bear, entra em palco para grande contentamento dos presentes (que praticamente encheram o grande auditório do CCB) e começa a destilar a sua musica experimentalista, carregada de psicadelismo com salpicos pop aqui e ali.
Apesar do som continuar (tal nos Aquaparque) a não corresponder às expectativas (notaram-se ligeiras melhorias), os Animal Collective foram passando em revista temas do aclamado "Merriweather Post Pavillion"(2009) como "Change" (iniciou o concerto) "Brothersport" (com nova roupagem) ou "Summertime Clothes" (ultima faixa), não esquecendo tambem os outros discos que editaram até à data ou faixas que vamos poder escutar no próximo disco.
O encore fez-se a um ritmo lento e foi composto por "I´d Rather", "Little Kid" finalizando com "Taste".
Estranheza para a pouca interacção com o publico, mais não fosse pelo "simples" facto de Noah Lennox viver no nosso país ou pelo carinho que sempre foi dispensado à banda pelos Portugueses (nota alta para os minutos que separaram o final da actuação e o encore, onde os AC foram brindados com uma salva de palmas que quase fazia cair o CCB), mas tambem pela não inclusão de "My Girls", "Peacebone" ou até "Fireworks" no alinhamento do espectaculo, o que terá deixado um ligeiro "amargo de boca" nos presentes....quem sabe venha a ser recompensado numa próxima passagem do grupo pelo nosso país.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Damon Albarn com novo projecto musical

O musico Damon Albarn (Blur/Gorillaz) resolveu formar um novo projecto musical de forma a gravar um disco para ajudar o povo da Republica Demoratica do Congo (RDC).
O projecto chama-se RDC Music e é composto por T-E-E-D (Totally Enormous Extinct Dinosaurs), Dan The Automator, Jneiro Jarel, Richard Russell, Actress, Marc Antoine, Jo Gunton e Kwes que se irão deslocar ao país africano em breve para tentar gravar um album em sete dias.
Todos os proveitos do disco seguem directamente para a Oxfam que tratará de prestar ajuda humanitária a um dos povos mais pobres do mundo, como já havia feito aquando da ultima parceria com Albarn no projecto Mali Music.
Mais uma vez é de louvar o que alguns artistas do mundo da musica vão fazendo para ajudar os desfavorecidos.

High Places " Original Colours "

A banda electronica/pop de Los Angeles está de regresso com o novo "Original Colours", que sucede a High Places vs Mankind(2010) e será editado no próximo dia 11 Outubro através da Thrill Jockey.
Alinhamento:

01 Year Off
02 The Oull Pull
03 Sonora
04 Ahead Stop
05 Sophia
06 Dry Lake
07 Morning Ritual
08 Banksia
09 Twenty Seven
10 Altos Lugares

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Future Islands " On The Water "

A banda de Baltimore prepara-se para lançar o novo album a 11 Outubro através da Thrill Jockey e esta é a tracklist:

01 On the Water
02 Before the Bridge
03 The Great Fire
04 Open
05 Where I Found You
06 Give Us the Wind
07 Close to None
08 Balance
09 Tybee Island
10 Grease


terça-feira, 19 de julho de 2011

M83 " Hurry Up, We´re Dreaming " ( download legal e gratuito de faixa )

Anthony Gonzalez está de regresso com o seu projecto electrónico/pop M83 e desta feita com dose dupla.
"Hurry Up, We´re Dreaming" sucede a "Saturdays=Youth"(2008) e conta com participações de Zola Jesus, Brad Laner (Medicine) , Justin Meldal-Johnsen (Beck, Nine Inch Nails) e Morgan Kibby.
Para já, o produtor disponibiliza uma faixa para download legal e gratuito (mc) do novo trabalho, que estará disponivel através da Mute a 18 Outubro, com o seguinte alinhamento:

CD 1
01 Intro [ft. Zola Jesus]
02 Midnight City
03 Reunion
04 Where the Boats Go
05 Wait
06 Raconte-Moi Histoire
07 Train to Pluton
08 Claudia Lewis
09 This Bright Flash
10 When Will You Come Home?
11 Soon, My Friend

CD2
01 My Tears Are Becoming a Sea
02 New Map
03 OK Pal
04 Another Wave From You
05 Splendor
06 Year One, One UFO
07 Fountains
08 Steve McQueen
09 Echoes of Mine
10 Klaus I Love You
11 Outro



Zomby " Dedication "

Segundo album do produtor dubstep do Reino Unido e este "Dedication" o terceiro album de originais, primeiro a ser editado pela 4AD.
Com participação de Noah Lennox (Animal Collective, Panda Bear) o disco está à venda desde o dia 11 Julho e esta é a tracklist:

1. Witch Hunt
2. Natalia’s Song
3. Alothea
4. Black Orchid
5. Riding With Death
6. Vortex
7. Things Fall Apart
8. Salamander
9. Lucifer
10. Digital Rain
11. Vanquish
12. A Devil Lay Here
13. Florence
14. Haunted
15. Basquiat
16. Mozaik


Girls tocam em Portugal no mês de Novembro

A banda californiana Girls estará em Portugal para actuar em Lisboa e Porto, no Lux (29 Novembro) e Casa da Musica (30) respectivamente.
Com um disco já editado, "Album" (2009) e mais um previsto para o próximo mês de Setembro "Father, Son, Holy Ghost", o grupo formado em San Francisco por Christopher Owens e Chet "JR" White pode ser visto por 20€, preço dos bilhetes para os dois espectaculos.

Festival NeoPop é já na próxima semana

A edição de 2011 do festival de musica electrónica arranca no próximo dia 27 Julho e estende-se até 30 Julho em Viana do Castelo.
Este ano o cartaz conta com nomes como Dubfire (Deep Dish), Junior Boys, Modeselektor, Marco Carola, Dj Harvey ou o projecto Arpiar Sound System(Radhoo, Raresh e Petre Inspirescu), entre muitos outros.
O preço dos bilhetes é 50€ (passe 4 dias) ou 25€ (diário), sendo que o dia de recepção(27) tem o preço de 10€.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Gui Boratto " III "

O produtor brasileiro Gui Boratto, que estará presente na próxima edição do festival Sudoeste, prepara-se para editar o seu terceiro album de originais que sucede a "Take My Breath Away"(2009).
O disco, voltado como habitual para a electrónica direccionada ás pistas de dança mais minimalistas, tem a participação de Luciana Villanova numa das faixas e estará à venda em Setembro através da Kompakt.
Alinhamento:

01. Destination: Education
02. Blackjacks_mas
03. The Drill
04. Flying Practice
05. Galuchat
06. Soledad
07. Stems from Hell
08. Striker
09. Talking Truss
10. The Third
11. This Is Not the End (feat. Luciana Villanova)
12. Trap


Luomo " Plus "

Sasu Ripatti é um produtor finlandês de musica electrónica experimentalista que assina os seus temas com nomes tão dispares como Vladislav Delay, Sistol ou Uusitalo. Aqui volta ao pseudónimo Luomo para editar o novo "Plus", disco que conta com a colaboração dos Chicago Boys na parte vocal e estará disponivel no dia 18 Setembro através da Moodmusic Records.
Tracklist:

01 Twist
02 Good Stuff
03 How You Look
04 Make My Day
05 Happy Strong
06 Medley Through
07 Form in Void
08 Immaculate Motive
09 Spy





domingo, 17 de julho de 2011

Fim de Festa no Meco ( cronica 3º dia )

Sabado 16 Julho-17h30

Ultimo dia de festival e tambem novo trajecto, que incluiu um "corta-mato" até à Lagoa de Albufeira e daí mais uma caminhada até ao local do evento.
Hoje o transito parecia fluir melhor (talvez fruto da experiencia dos dias anteriores) e a entrada no recinto dos concertos foi sem problemas (aqui a organização esteve de parabens porque nunca senti problemas no acesso).

X-Wife
A banda do Porto foi a escolhida para abrir o palco principal no derradeiro dia do SBSR e esteve à altura, protagonizando um excelente gig e colocando desde logo o publico do seu lado, tendo passado por todos os cd´s que lançou até agora, incluindo o novissimo "Infectious Affectional".
Se em estudio mantenho a opinião que estamos perante uma das melhores bandas nacionais, ao vivo funciona exactamente da mesma forma, faltando apenas uma afirmação consentanea alem-fronteiras, pois o potencial está lá e é bem patente.

Brandon Flowers
O vocalista dos The Killers regressou a Portugal,agora para um concerto em nome próprio onde apresentou "Flamingo", album de 2010.
"Crossfire", "Magdalena" ou "Only The Young" foram alguns dos temas desse disco que tiveram direito a figurar na setlist, mas o publico português foi ainda brindado com uma cover de "Bette Davis Eyes" (Kim Carnes) e faixas dos The Killers, como "Read My Mind" ou a musica que encerrou o concerto "Mr. Brightside", ambas com direito a roupagem diferente do original.
A interacção com o publico foi boa e não será descabido afirmar que Brandon Flowers ficou uma vez mais rendido ao nosso país.

Junip
A banda Sueca, liderada por José Gonzalez tocou no palco Edp perante um publico bastante bem composto e conhecedor da sua musica, quanto a mim mais indicada para ser vista num local com a Aula Magna, por exemplo, mas que não defraudou os presentes, tendo por base o album "Fields"(2010).


Elbow
Os Britanicos Elbow estiveram no palco principal a mostrar o seu rock progressivo e, nas cinco faixas que tive oportunidade de ver, foi notório que Guy Garvey é um excelente comunicador e mantem o publico animado enquanto a banda faz a transição entre faixas, muitas delas dificilmente reconhecidas pela maioria dos presentes.

Ian Brown
As minhas expectativas eram grandes para ver Ian Brown e, em abono da verdade, elas sairam bastante defraudadas. Bem longe dos tempos aureos nos Stone Roses, Ian começou a sua primeira actuação no nosso país com  alguns problemas de ordem tecnica e quase nunca conseguiu atingir um nivel satisfatório, apesar do esforço da sua banda, tambem ela sem grandes rasgos.

Slash
Uma das grandes apostas da organização deste festival, o guitarrista Slash apresentou-se no Meco acompanhado por Miles Kennedy (Alter Bridge) para uma actuação da qual o Musica Escrita apenas presenciou as duas primeiras musicas, pelo que não irei tecer qualquer opinião sobre o mesmo.

The Vaccines
Ultima banda a actuar no palco EDP do festival SBSR, os The Vaccines começaram o gig de forma algo morna apesar de estarem a tocar para um recinto que se apresentava muito bem composto, se levarmos em linha de conta que Slash tocava à mesma hora no palco principal e tambem já havia muita gente a marcar lugar para ver The Strokes, mas após tocarem as faixas "Post Break Up Sex" e "Wreckin Bar", segunda e terceira no alinhamento preparado para este evento, soltaram-se e fizeram um autento "arraial" festivaleiro até ao fim do concerto.
Muitos dos que estavam a assistir sairam após essas faixas e perderam aquele que foi, na minha opinião , um dos melhores espectaculos do SBSR.

The Strokes
Cabeças de cartaz do ultimo dia do SBSR, os norte-americanos The Strokes voltaram finalmente a Portugal após cinco anos de ausencia (Julian Casablancas esteve na edição deste festival em 2010 para um concerto a solo) e no final posso afirmar com convicção que a espera valeu bem a pena.
O alinhamento, que agarrou o publico (neste dia era praticamente todo para assistir ao regresso da banda) do inicio ao fim, teve passagens por temas como "Reptilia", "Last Nite", "Someday" ou o mais recente single "Undercover The Darkness", faixa presente no ultimo trabalho, "Angles".
Talvez por estar a ser um concerto tão electrizante, surpreendeu o facto da banda apenas ter actuado durante setenta minutos, manifestamente escasso para quem estava a encerrar um festival com a qualidade do SBSR 2011.
No entanto, e como me disse um fan da banda, "foi melhor assim porque já tinham tocado tudo o que havia para tocar".
Na minha opinião, foi fechar com chave de ouro três dias onde esteve presente o sol e o rock n´roll tão apregoados pela organização.

Ricardo Villalobos
Na tenda @ Meco, a festa continuou ao ritmo das batidas minimalistas de Ricardo Villalobos, como que a servir de banda sonora para um filme onde se podia ver muita gente a divertir-se dançando, a conversar espalhada pelo chão do recinto ou até de tenda ás costas para regressar a casa.

Para terminar e fazendo uma retrospectiva do festival saliento como pontos positivos a excelente escolha dos cabeças-de-cartaz e o facto de se ter tentado fazer um cartaz coerente ( creio que não foi totalmente conseguido, mas fica a intenção ).
Sinal menos para o pó (inconcebivel), para as filas de transito (porque não fechar as estradas em Alfarim e Rotunda do grilo, obrigando toda a gente a fazer o resto do percurso em transportes publicos assegurados pela organização), e as condições de higiene tambem estão muito aquem do que o publico merecia.
Uma ideia mais para a próxima edição ...... mais duas ou três bandas por dia no palco EDP.

Arcade Fire deixam a sua marca no SBSR ....( Cronica 2º dia )

Sexta-Feira , 15 Julho - 18 horas

Desta vez o percurso foi inverso, o carro ficou e Alfarim e o resto do caminho foi feito a pé (o caos no transito era tanto que os veiculos nem andavam), sendo que as centenas que alinharam pela mesma ideia, alem de fazerem um trajecto mais saudavél, chegaram mais cedo.
Posto isto não foi possivel, com muita pena minha, ver o concerto do português Noiserv que abriu o palco principal num dia que iria ser claramente marcado pelo ultimo concerto, que irei descrever adiante........e pela falta de fotos que descrevam o dia (as minhas desculpas).

LA
A banda Maiorquina foi a responsavel pela abertura do palco EDP neste dia e isso foi certamente do agrado do grande contingente de espanhois que invadiram este ano o SBSR e fizeram questão de encher as primeiras filas para ver o concerto.
O quinteto lá foi desfilando as suas musicas (o Musica Escrita apenas viu quatro) e no global apenas serviu para adicionar o seu nome aos concertos por aqui revistos.

Rodrigo Leão
Concerto morno de um projecto claramente mais talhado para recintos fechados, mas no qual tenho de destacar uma faixa composta para fazer parte de um anuncio a pensar em todos os que sofrem de Esclerose Multipla, a demonstrar que a musica continua a ser um veiculo muito importante no apoio a causas nobres.

The Gift
Uma setlist voltada para o novo album "Explode", passando pelas faixas mais alegres dos discos antigos é meio caminho andado para se ter sucesso num festival e os The Gift acertaram em cheio na sua.
A interacção com o publico, a cargo de Sonia Tavares, uma comunicadora por excelencia aliada à receptividade do mesmo fez com que este fosse, na minha opinião o primeiro momento alto do dia.

The Legendary Tigerman
Dividido em duas partes distintas, o concerto de Paulo Furtado aka The Legendary Tigerman foi aquele que mais pessoas levou ao palco EDP até a este momento durante os dois dias.
Desta vez no formato original (one man band), a primeira metade fluiu num ritmo blues/rock com passagem por todos os albuns do musico até terminar com "The Saddest Thing To Say".
A partir deste momento, a musica seria só para quem "gostasse de rock n´roll" e foi explosiva, tendo sido levantadas (a pedido de Paulo Furtado) "as duas maiores nuvens de pó do festival".
Pena o facto do artista ter sido colocado num horario muito perto dos Portishead, o que levou a uma grande debandada para garantir o melhor lugar para ver os britanicos.
No entanto, ficou registado mais um excelente gig do "homem tigre".

Portishead
Uma multidão de olhos fixos no palco, quiçá hipnotizada pela voz de Beth Gibbons ou pelo excelente trabalho de vjing da equipa que os acompanha, foi o ponto de partida para um dos concertos mais esperados da edição 2011 do festival do Meco.
Apesar de manter a opinião de que os Portishead são uma banda talhada para concertos mais intimistas, tenho de concordar que este foi um concerto muito competente e que irá perdorar na memoria de todos aqueles que se deslocaram à herdade do cabeço da flauta neste dia.
Sempre distante e muito concentrada naquilo que melhor sabe fazer, Beth soltou todas as emoções na parte final do gig, quando passeou no meio da multidão e se despediu com palavras de gratidão e admiração pelo publico nacional, que será certamente um dos que mais carinho dá há banda nas suas actuações.

Arcade Fire
Depois de terem ficado a "dever" um espectaculo ao publico Português, a banda canadiana entrou em palco "Ready To Start" uma actuação épica.
Sentindo-se como se "estivessem a tocar pela primeira vez", tal a devoção dos fans ás suas canções , os Arcade Fire foram desfilando temas dos três albuns editados até à data sempre em comunhão com os presentes, que esgotaram completamente a lotação do recinto.
"No Cars Go", "Power Out" "Keep The Car Running" ou "The Suburbs" foram lenha para a fogueira de um publico em chamas até ao final, feito ao som de "Rebellion/Lies".
A banda despediu-se então com o maior elogio que se pode fazer a quem assiste a um espectaculo "Vocês são um exemplo para todos os publicos do mundo" e saiu de palco, enquanto os mais de 40.000 presentes (a organização não confirmou, mas o Musica Escrita pode garantir que estavam lá esses numeros) ansiavam já o encore do concerto, que incluiu a inevitável "Wake Up" e irá figurar certamente nas listas de concerto do ano em Portugal, arriscando eu a dizer que foi um dos gigs do ano em qualquer parte do mundo, tal a intensidade e partilha mutua de sentimento entre banda e publico (do local onde estava notou-se alguns problemas de acustica, mas nada que prejudicasse o andamento do espectaculo).

Chromeo
A tarefa da dupla canadiana/estado-unidense era encerrar o palco EDP após o concerto dos Arcade Fire e a verdade é que quando cheguei ao local vislumbrei a continuação de um dia de festa musical.
Publico divertido, a dançar e com muito bom ambiente é o melhor que se pode escrever para elogiar o trabalho de Patrick Gemayel aka P-Thugg e David Macklovitch aka Dave 1.

Sven Vath
O alemão Sven Vath, nome grande da musica electrónica teve honras de encerramento na tenda @ Meco, levando os resistentes a dançar ao som das batidas house/tech/minimal até ás seis horas da manhã.

Três dias de Meco, Sol, Pó, Filas e Rock n´Roll ( Cronica SBSR 2011 - 1º dia )

Quinta-Feira, 14 Julho 17 horas

Começou na Rotunda do Grilo (Fernão Ferro) a odisseia do Musica Escrita na 17ª edição do festival Super Bock Super Rock.
Uma fila de carros interminavel da estrada que liga aquela rotunda ao recinto do evento fez com que terminasse logo ali a boleia gentilmente disponibilizada e seguisse o meu caminho a pé, opção comentada por um dos policias de transito da seguinte forma "Ainda bem que tomou essa opção, acho que vai chegar lá primeiro assim".
Sessenta minutos depois e realmente primeiro do que o veiculo que estava parado no momento em que saí, finalmente atingi a entrada do evento, que áquela hora ainda não apresentava uma moldura humana muito intensa, pelo que foi possivel entrar sem grandes demoras.
Já dentro do recinto, as primeiras constatações foram que o pó de 2010 se iria manter este ano e que estavam mais festivaleiros internacionais que na edição transata ( era possivel ver muitos espanhois, ingleses e alguns australianos ).

Sean Riley And The Slowriders
A banda de Coimbra teve a honra de abrir a 17ª edição do Festival SBSR e entrou em palco precisamente à hora marcada. O publico presente já era bastante aceitavel e aderiu desde o primeiro tema debitado pelas colunas do palco principal.
Bom comunicador , Afonso (vocalista) anunciou aquilo que seriam "três dias de festa interrupta", após beber mais um trago de cerveja da marca que patrocina o evento.
Apesar de um ou outro contratempo ( a luz foi abaixo por duas vezes ), a boa disposição foi nota dominante e o concerto foi fluindo ao agrado de publico e grupo, que tocou faixas de todos os albuns editados até agora, com destaque para o novo single "Silver", extraído do novo disco "It´s Been A Long Night".
Um convinte para "uma partida de dominó na nossa autocaravana que estará estacionada ali no parque" demonstra bem a comunhão entre musicos e assistencia.

The Glockenwise
Infelizmente muito poucas linhas para um concerto que ficava muito perto dos The Walkmen, uma das bandas que mais expectativas gerava neste primeiro dia de SBSR.
O colectivo de Barcelos iniciou o seu set a todo o gaz, baseado no seu trabalho de originais "Building Waves" (editado no inicio do ano) e durante o tempo que estive presente fiquei com muito boa impressão, restando esperar uma próxima oportunidade para observar "in loco" esta banda que demonstrou muita coesão e uma interacção com o publico assinalável, parecendo que estava a tocar "em casa".


The Walkmen
De fato e gravata, aspecto "clean" e muito bem disposto, Hamilton Leithauser
 iniciou um concerto marcado principalmente por faixas do ultimo "Lisbon" , na minha opinião o disco mais inspirado da banda norte-americana, o que se antendermos à qualidade já de si elevada dos discos anteriores tem ainda mais relevo.
"Juveniles", "Angela Surf City" ou "Blue As Your Blood" foram entoadas em unissono por um publico que já adoptou os The Walkmen como "cidadãos honorarios" do nosso país.
De realçar ainda a presença no alinhamento de uma nova faixa, composta apenas alguns dias antes da presença da banda no nosso país e a inevitável "The Rat".
O primeiro dia de festival estava a arrancar em grande.....

Tame Impala
Os Australianos Tame Impala era dos projectos que mais curiosidade me suscitava no cartaz deste ano do SBSR, em grande parte derivado ao excelente "Innerspeaker", album editado em 2010 e que anda desde então na estante exactamente ao lado da aparelhagem.
Concerto bastante solido e psicadélico quanto baste, que foi agarrando o publico desde o inicio em "Solitude is Bliss" até ao final em "Half Full Glass of Wine".


The Kooks
Com o recinto muito bem composto (a edição deste ano atingiu numeros muito superiores à do ano transato) os The Kooks deram um concerto bastante competente e colocaram literalmente os presentes a dançar.
Temas como "Naive" ou "Do You Wanna" foram muito bem recebidos pela turba presente. Depois de ter visto a banda no Optimus Alive 2009, fiquei claramente com a sensação que este foi mais conseguido.


El Guincho
O Catalão Pablo Díaz-Reixa, mais conhecido no mundo da musica por El Guincho proporcionou aos presentes no palco EDP uma das melhores actuações deste SBSR.
Muita festa e boa disposição em mais uma apresentação de "Pop Negro", o ultimo disco editado por El Guincho, que levou os festivaleiros ao rubro com "Bombay" ou o electrizante final onde tocou "Antillas", do album Alegranza (2008) primeiro do musico.

Beirut
Outro caso de grande cumplicidade com o nosso país é o musico Zachary Francis Condon aka Beirut que deu um concerto sem macula e bastante apreciado pelo publico, que por esta altura já enchia completamente todos os espaços disponiveis junto ao palco principal.

Arctic Monkeys
Cabeças de cartaz deste primeiro dia de festival, os britanicos Arctic Monkeys fecharam o dia com uma actuação de teve passagens por todos os albuns editados pela banda até ao momento.
Algo distante do fulgor juvenil dos primeiros anos, o grupo de Sheffield é agora um quarteto mais adulto pessoal e musicalmente, como demonstram os albuns mais recentes.
Por muito boa musica que os Monkeys possam continuar a fazer, é indesmentivel que temas como "I Bet You Look Good On The Dancefloor" ou "When The Sun Goes Down" continuam a ser cartões de visita e as passagens por temas de "Whatever People Say ...." ou "Favourite Worst Nightmare" as mais aplaudidas.
O encore fez-se ao som de "Fluorescent Adolescent" e a derradeira "505", que deixou nos presentes a sensação de dever cumprido mas no meu caso algumas saudades do concerto que a banda realizou no Coliseu dos Recreios em 2007.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Jacuzzi Boys " Glazin "

Segundo album da banda garage/rock de Miami, "Glazin" será o primeiro com edição pela Hardly Art e a sua primeira tiragem é apenas de 300 unidades em vinyl, com um single bonus em 7" picture disc que estará disponivel a 30 Agosto.
Tracklist:

01. Vizcaya
02. Automatic Jail
03. Glazin'
04. Cool Vapors
05. Libras and Zebras
06. Crush
07. Silver Sphere (Death Dream)
08. Zeppelin
09. Los Angeles
10. Koo Koo with You


St. Vincent " Strange Mercy "

Annie Erin Clark, uma cantora de Dallas que no mundo da musica é mais conhecida como St. Vincent, prepara-se para editar o sucessor de "Actor"(2009).
Produzido por John Congleton, "Strange Mercy" será colocado à venda a 12 Setembro através da 4AD e esta é a tracklist:

01 Chloe in the Afternoon
02 Cruel
03 Cheerleader
04 Surgeon
05 Northern Lights
06 Strange Mercy
07 Neutered Fruit
08 Champagne Year
09 Dilettante
10 Hysterical Strength
11 Year of the Tiger

Big Troubles " Romantic Comedy "

Novo album da banda de New Jersey, foi produzido por Mitch Easter (R.E.M., Pavement)e estará disponivel a 27 Setembro através da Slumberland Records.
Alinhamento:

01 She Smiles for Pictures
02 Misery
03 Make It Worse
04 Sad Girls
05 You'll Be Laughing
06 Minor Keys
07 Softer Than Science
08 Time Bomb
09 Engine
10 Never Mine


Symphony X em Portugal

A banda de metal progressivo norte-americana Symphony X estará em Portugal no próximo mês de Outubro onde efectua dois concertos, em Almada a 14 (Incrivel Almadense) e no Porto a 15 (Hard Club).
A digressão é a "Iconoclast Tour", que advem do oitavo album da banda, editado este ano e o preço dos bilhetes é 22€ para ambos os espectaculos.


Toro Y Moi " Freaking Out EP " ( download legal e gratuito de faixa )

Após ter editado "Underneath The Pine" já durante este ano, o musico Chaz Bundick aka Toro Y Moi gravou no mês passado um ep que será lançado no próximo dia 13 Setembro através da Carpark.
"Freaking Out" é o nome do disco que tem disponivel para download legal e gratuito "Saturday Love", faixa que fará parte do alinhamento do mesmo.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Youth Lagoon " The Year Of Hiberation " ( download legal e gratuito de duas faixas )

Trevor Powers é um musico/produtor de Boise, Idaho e "The Year Of Liberation" o seu aguardado album de estreia.
O hype à volta de Powers tem sido enorme desde o ano passado e a Fat Possum acaba de anunciar que será a editora responsavel pelo lançamento do disco, que estará disponivel a 27 Setembro .
Pelas primeiras amostras, poderemos estar perante um dos grandes registos de 2011. A conferir aquando da saída.....até lá podem fazer o download legal e gratuito de duas faixas em (Yl)



Big Spider´s Back " Memory Man "

Yair Rubinstein é um produtor de musica minimalista que edita o seu terceiro album enquanto Big Spider´s Back.
"Memory Man" sucede a "Turns" (2010) e está disponivel através da Circle In To Square desde o passado dia 5 Julho.
Tracklist:

#1 Terminal Seat
#2 Dead Channel
#3 Secret Chiefs
#4 Far Light
#5 Familiarface
#6 Brigitte Bombay (feat. USF)
#7 Black Chow
#8 Memory Man
#9 Megazone
#10 Playback Singer



The Drums " Portamento "

Os norte-americanos The Drums anunciaram hoje o lançamento do segundo album de originais.
"Portamento" sai a 12 Setembro através da Island Records, estando já disponivel para audição a primeira amostra "Money".
Alinhamento:

01. Book Of Revelation
02. Days
03. What You Were
04. Money
05. Hard To Love
06. I Don’t Know How To Love
07. Searching For Heaven
08. Please Don’t Leave
09. If He Likes It Let Him Do It
10. I Need A Doctor
11. In The Cold
12. How It Ended



Real Estate " Days " ( download legal e gratuito de musica )

Os Real Estate são uma banda de New Jersey e "Days" será o primeiro album editado desde que assinaram pela Domino Records.
Produzido por Kevin McMahon (Titus Andronicus, The Walkmen), o disco estará à venda a partir de 17 Outubro, sendo já possivel efectuar o download legal e gratuito de "It´s Real".
Tracklist:

01 Easy
02 Green Aisles
03 It's Real
04 Kinder Blumen
05 Out of Tune
06 Municipality
07 Wonder Years
08 Three Blocks
09 Younger Than Yesterday
10 All The Same


Anna Calvi regressa a Portugal em Setembro

Depois do concerto inserido no festival Optimus Alive (video abaixo), a cantora britanica regressa ao nosso país em Setembro para actuar no Porto (Hard Club dia 12) e Lisboa (Lux dia 13).


sábado, 2 de julho de 2011

"Rock n´Rollar no Barreiro" - Fast Eddie & The Riverside Monkeys + Tracy Lee Summer @ Control Bar ( crónica )

O movimento na "avenida da praia" não enganava, era sexta-feira e dia de concerto num espaço que tem vindo a impor-se cada vez mais como uma das melhores alternativas na noite do Barreiro.
Depois de arranjar lugar para o carro mesmo em frente à porta ( por vezes a sorte tambem nos toca ) e vislumbrar a esplanada completamente cheia, o primeiro pensamento que me ocorreu foi "imagino lá dentro....", ainda para mais quando era possivel ouvir que o gig dos Tracy Lee Summer já havia começado.
A banda de Captain Death (vocalista), Sisley Wadington (guitarra) e Tom Violence (bateria)continua a promover o seu duplo EP "Paris & Milan", editado em Novembro pela Hey Pachuco! e demonstrou uma vez mais que existe ali muito potencial a merecer claramente voos ainda mais altos (a evolução desde a ultima vez que os vi - Barreiro Rocks, Novembro 2010 no inicio da tour, é notória ).


Fast Eddie & The Riverside Monkeys foi a banda que se seguiu.
Com alta voltagem e sempre no tom blues/rock que caracteriza os autores de "Bovine Intervention"(2010), pude assistir a mais um concerto cheio de energia e contagiante de inicio ao fim, em que foi possivel escutar "Baptize me in Wine", "Ton of Bricks" ou "Bending Spoons", entre outros temas que levaram o publico presente a dar por muito bem empregue o seu tempo (uma vez mais).
Depois de observar novamente "in loco" a banda de Fast Eddie Nelson, continuo com a sensação que estamos perante um dos grupos que melhor musica compoe e toca no nosso país, sem ter a exposição que deve e merece, mas isso é algo que pode ser corrigido no futuro.


Em suma, mais dois espectaculos que demonstram que a musica no Barreiro está viva e recomenda-se........